Resultados do tratamento com Estimulação magnética transcraniana

A rTMS ou estimulação magnética cerebral é um novo tratamento para depressão como uma alternativa aos antidepressivos. Após mais de 20 anos de pesquisa e os primeiros de prática, essa técnica demonstrou muito bons efeitos praticamente sem efeitos colaterais. A estimulação magnética transcraniana cerebral (rTMS) é parte de um novo desenvolvimento que envolve o tratamento de transtornos psiquiátricos cada vez mais personalizados e localizados. Além da rTMS inclui-se estimulação cerebral profunda e EEG-biofeedback para este novo movimento de cuidados de saúde, medicina personalizada. O objetivo da medicina personalizada é alcançar uma maior eficácia com menos efeitos colaterais.

Em Dezembro de 2007 publicamos os resultados de um amplo estudo controlado dos efeitos do tratamento com rTMS. Neste estudo, mais de 300 pacientes deprimidos foram tratados com rTMS. Estes pacientes não responderam previamente a antidepressivos. Este estudo - publicado na revista Biological Psychiatry, O'Reardon e colegas, mostra que a rTMS é um tratamento seguro e eficaz para os pacientes depressivos que não respondem aos antidepressivos.

Na figura abaixo, os primeiros resultados visíveis do tratamento com rTMS em depressivos tratados com QEEG (investigação cerebral aplicada) baseada em rTMS. O gráfico mostra o Beck's Depression Inventory (BDI) escore, que é amplamente utilizado para medir a gravidade da depressão. Este questionário é feito a cada 5 sessões para determinar se a terapia teve efeito ou não. O corte de pontuação do BDI é uma pontuação de 13 (linha vermelha), uma pontuação inferior a 13 significa que já não é uma depressão. A seguinte tabela mostra claramente que, após uma média de 15 sessões, os pacientes apresentam um escore da BDI normal!

Os primeiros resultados preliminares mostram o seguinte:

1) Após 20 sessões, 9 de 10 pacientes - 90% - obtiveram uma remissão completa, isto é, um escore da BDI menor que 13.

2) Dentro de 15 sessões, há mais de 65% de diminuição média nos sentimentos depressivos (BDI escore).

3) Durante estas sessões, não foram reportados efeitos secundários graves.

4) 40% desses pacientes estava sem medicação e 60% utilizava medicação antidepressiva (que foi diminuída gradualmente durannte ou após o tratamento com a rTMS).

5) Atualmente, mais dados recolhidos em 2008 devem ser relatados na base de um grupo maior. No entanto, estes resultados preliminares parecem muito promissores.

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