UC Berkeley Press Release

Pílula do exercício pode ser arma contra depressão Para os pesquisadores, a ligação entre exercícios físicos e a melhora do estado emocional já é amplamente conhecida, mas a razão por trás disso ainda não havia sido bem explicada. Durante testes de laboratório feitos com ratos, os cientistas mostraram por que fazer exercícios regularmente pode ajudar pessoas que sofrem de depressão.


Uma pesquisa realizada por cientistas americanos sugere que a sensação de felicidade resultante da prática de exercícios físicos poderá, no futuro, ser obtida a partir de um comprimido.

Segundo os especialistas da Universidade de Yale, o medicamento poderá ser mais uma arma na luta contra a depressão.

Para os pesquisadores, a ligação entre exercícios físicos e a melhora do estado emocional já é amplamente conhecida, mas a razão por trás disso ainda não havia sido bem explicada.

Durante testes de laboratório feitos com ratos, os cientistas mostraram por que fazer exercícios regularmente pode ajudar pessoas que sofrem de depressão.

No estudo, publicado na revista científica Nature Medicine, os especialistas concentraram-se numa área do cérebro chamada hipocampo - que responde pela aprendizagem, memória e emoções - e normalmente é o alvo dos antidepressivos.

Eles desenvolveram um teste para identificar quais os genes que nesta região são mais activados durante a prática de exercícios e destacaram um deles, nomeado de gene VGF.

Ao ser activado, o VGF produziu uma substância química que funcionou de forma similar a um antidepressivo.

"Ao administrar o VGF, percebemos que ele funciona como um antidepressivo poderoso e ao inibi-lo, interrompemos ao mesmo tempo os efeitos provocados pelos exercícios induzindo comportamento depressivo nos ratos", disse Ronald Duman, professor de psiquiatria da Universidade de Yale e líder do estudo.

Os pesquisadores acreditam que o desenvolvimento de um medicamento que teria como base a substância produzida pelo gene poderá ser até "mais eficiente" do que os antidepressivos existentes no mercado.

"Este medicamento poderá ser feito com uma substância que já faz parte do corpo humano, o que pode aumentar a sua eficácia", afirmou Duman.

http://www.acores.net/noticias/view-22972.html